Mielofibrose é a menos frequente das mieloproliferações crônicas. Acomete preferencialmente indivíduos a partir da quinta década de vida, sem predileção por sexo ou raça. Fadiga, perda de peso e sudorese noturna são comumente relatadas pelos pacientes. O achado clínico mais frequente ao exame físico é a esplenomegalia maciça (aumento do baço) que pode estar associada à hepatomegalia, equimoses e lesões purpúricas. São também comuns os sintomas relacionados à falência medular, como hemorragias, infecções e intolerância aos esforços. Durante a evolução da mielofibrose, tendem a surgir complicações secundárias à pancitopenia, tais como sangramentos e infecções, além de hipertensão portal. A transformação de mielofibrose para leucemia aguda secundária pode ocorrer em até 8% dos casos. A mielofibrose pode ser classificada em fase pré-fibrótica e fase fibrótica, a partir de achados clínico-laboratoriais e morfológicos.
 

Tratamento

O tratamento da mielofibrose dependerá da fase da doença. O transplante de medula óssea estará indicado para pacientes abaixo de 55 anos de vida.