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Março Borgonha - Dando continuidade a Conscientização do Mieloma Múltiplo

Março Borgonha - Dando continuidade a Conscientização do Mieloma Múltiplo
Março Borgonha - Dando continuidade a Conscientização do Mieloma Múltiplo

Tratamento do Mieloma Múltiplo

O tratamento do Mieloma Mútiplo sofreu inúmeros avanços nas últimas décadas! O resultado da evolução no tratamento fez com que houvesse incrível melhoria na qualidade de vida e controle da doença. 

A escolha do tratamento inicial de pacientes com Mieloma Múltiplo (MM) sintomático depende, basicamente, de dois fatores:

1- Estratificação de risco (dados de quão agressiva é a doença, exemplo através da técnica de FISH)

2- Elegibilidade para transplante autólogo de células hematopoiéticas. (Se o paciente tolera o Transplante de Medula Óssea, TMO)

A primeira fase do tratamento é chamada de INDUÇÃO.

Nessa fase o paciente recebe um tratamento combinado com 3 ou 4 medicações (ex: daratumumab, bortezomib, dexametasona, talidomida, lenalidomida).

No geral, os pacientes elegíveis para o transplante recebem essa terapia de indução por três a quatro meses antes do TMO. Já os pacientes inelegíveis para o TMO recebem de 8 a 12 ciclos de terapia inicial.

No tratamento após indução (com ou sem Transplante de Medula Óssea) o paciente recebe um remédio para manutenção na tentativa de eliminar quaisquer células residuais da doença e aumentar o tempo sem necessidade de tratamento intenso.

Nessa fase podem ser usadas medicações como talidomida, lenalidomida e bortezomib. E a manutenção é mantida até progressão ou alguma toxicidade grave.

Os pacientes devem ser avaliados antes de cada ciclo de tratamento para determinar como a doença está respondendo à terapia (ou seja, carga tumoral) e para avaliar possíveis complicações relacionadas ao tratamento e à doença.

A profundidade da resposta tem valor prognóstico no Mieloma Múltiplo. Pacientes que atingem respostas profundas têm sobrevida livre de progressão e sobrevida global superior.

A maioria dos pacientes com MM terá uma resposta inicial ao tratamento. No entanto, a terapia convencional não é curativa e o MM acabará por recidivar. Além disso, uma minoria terá doença refratária primária que não responde ao tratamento inicial.

A progressão da doença é geralmente identificada por um aumento na proteína monoclonal (M) no soro ou na urina ou na proporção de cadeias leves livres no soro.

No tratamento da recaída geralmente é usado esquemas combinados de medicações (ex: lenalidomida, daratumumab, carfilzomib), de preferência utilizando drogas diferentes do esquema terapêutico inicial.

Os avanços no tratamento do MM não param e novas drogas e combinações estão sendo continuamente desenvolvidas. Faltam opções para os pacientes do SUS que, infelizmente, não tem acesso a muitos desses novos avanços terapêuticos.

Texto elaborado pelo Dr. Pedro Amoedo Fernandes médico Hematologista especialista e Hematologia e TMO da equipe de Transplante de Medula Óssea TMO da Bio Sana’s e Rede DASA

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