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Setembro: Mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos

Setembro: Mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos
Setembro: Mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos

No dia 22/09/2022 tivemos o prazer de falar para mais de 400 pessoas da ISA CTEEP, a maior companhia de distribuição elétrica do país, sobre um tema de grande relevância para a saúde brasileira: “ Doação de órgão, a importância para vida”.

O mês de Setembro, mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, nos faz refletir que infelizmente, existem ainda mais de 50.000 pessoas aguardando um transplante de órgão (coração, rim, córnea, medula óssea e etc...) em nosso país. Apesar de sermos um destaque no contexto mundial de transplantes, ainda possuímos uma fila imensa de pacientes aguardando a doação de órgãos.

O Brasil possui a maior política pública do mundo na área de transplante de órgãos. Cerca de 95% dos transplantes são realizados por meio do SUS – Sistema Único de Saúde, somos o segundo maior país transplantador do mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos.  Apesar disso, milhares de pessoas aguardam na fila de espera todos os anos. A maior fila é por transplante renal, seguida por córnea, fígado, pâncreas/rim (duplo), coração, pulmão, pâncreas, multi-visceral e intestino.

No Brasil, todo o processo de doação de órgãos é regulamentado por leis e controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o que garante segurança aos envolvidos e credibilidade ao processo.

O Código Civil publicado em 2002, em seu artigo 14, determina que é válida, com objetivo científico ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte para depois da morte, ou seja, prevê que a pessoa possa, por objetivo altruísta, doar seu corpo todo ou em partes. No entanto a Lei 9.434 de 1997 sinaliza a obrigatoriedade de consentimento familiar expresso para retirada de órgãos e tecidos.

Com isto, há a necessidade que o doador afirme sempre a sua família sobre sua intenção, deixando claro as diretivas antecipadas de sua vontade.  Seguramente, isto aumentará o número de possíveis doadores.

Para a doação se efetivar, além da autorização da família, é necessária a comprovação da morte cerebral do doador para retirada dos órgãos sólidos como coração, fígado, rins e outros. Esta avaliação é muito criteriosa e há a necessidade do diagnóstico clínico por dois médicos e a realização de exames complementares que comprovem a morte cerebral (ultrassonografia transcraniana ou angiografia cerebral).

Há a possibilidade de se realizar doação em vida de alguns órgãos como rim, parte do fígado, parte do pulmão e medula óssea, desde que o doador tenha até quarto grau de parentesco com o receptor ou possua uma autorização judicial, caso não haja parentesco.

Importante divulgarmos, especialmente neste mês de Setembro, que todo dia é dia de lembrar a família que você é um candidato a doação de órgãos.

Um único doador pode beneficiar até 25 pessoas! Salvar ou melhorar a qualidade de vida de diversas vidas!  As doações mais comuns são assim classificadas: Órgãos: coração, fígado, rim, pâncreas, pâncreas / rim, pulmão, intestino e estômago. Tecidos: sangue, córnea, pele, medula óssea, dura máter, crista ilíaca, fáscia lata, patela, costelas, ossos longos, cabeça do fêmur, ossos do ouvido, safena, vasos sanguíneos, válvulas cardíacas, tendões e meninge.

Infelizmente, muitas pessoas deixam de doar órgãos por insegurança sobre a definição de coma e morte encefálica e muitas famílias não permitem a doação por mitos religiosos, lembrando que nenhuma religião no Brasil proíbe ou não recomenda a doação.

Grande parte dos transplantes de medula óssea são realizados com doação entre membros da própria família, quando não é encontrado familiar, inicia-se a busca em registros nacionais e internacionais de doadores de medula óssea. No Brasil, temos o REDOME, com mais de 5.500   inscritos, a maioria localizados na região sudeste, sendo necessário o estímulo para inscrição nas regiões norte, nordeste e centro oeste para ampliarmos as possibilidades de se encontrar doadores, haja vista a nossa grande diversificação de etnias. Há a necessidade também do estímulo para inscrição das raças preta e amarela que apresentam menor número de inscritos. Lembrando que a idade dos candidatos deverá ser entre 18 e 35 anos.

As perguntas realizadas pela audiência das pessoas durante o evento ISA CTEEP, deixam claro que há boa vontade do brasileiro em ser doador de órgãos, mas que faltam informações adequadas à população. 

O Hospital Leforte Liberdade da rede DASA, já realizou mais de 1000 transplantes de órgãos e conta com estrutura e equipes altamente qualificadas para realizar qualquer tipo de transplante.  

Nossa equipe se orgulha em ter sido responsável pela realização de mais de 3000 transplantes de medula óssea na rede pública e quase 1000 transplantes na rede privada.

 

Maiores informações sobre o tema, em qualquer Hemocentro do país.

http://redome.inca.gov.br/doador/onde-e-feito-o-cadastro-de-doador/

 

Texto elaborado por Dr. Roberto Luiz da Silva, médico hematologista coordenador de equipe de TMO (transplante de medula óssea) da BIO SANA´S e Hospital Leforte Liberdade / Morumbi da rede DASA.

 

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Referência de imagem

Imagem de Diana Grytsku no Freepik

Disponível no link: https://br.freepik.com/fotos-gratis/fita-verde-um-simbolo-de-cancer-de-rim-isolado-em-parede-cinza_14671172.htm#query=doa%C3%A7%C3%A3o%20de%20org%C3%A3os&position=16&from_view=search

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